Um jantar no ristorante Porta Romana, em Curitiba, celebrou no último dia 24 de novembro/15 os 80 anos da marca Guth. Apoiado pelo SIPCEP, o evento Inovar – crescendo juntos, reuniu empresários da panificação, diretores do SIPCEP e o presidente da Abip, José Batista de Oliveira. O diretor executivo da entidade, Giovani Mendonça, ministrou palestra sobre as novas tendências no setor. Na mesma oportunidade a Belarina divulgou investimentos de R$ 40 milhões de reais que dobraram a capacidade do moinho Guth, já em atividade, na Cidade Industrial de Curitiba.
O diretor comercial da Belarina, Guilherme Garçez, informou que a empresa detém a marca Guth desde 2010. Apostando na tradição, aliada a uma gestão inovadora e arrojada, a empresa investiu recursos não apenas no Paraná. A previsão, para os próximos três anos, é investir na construção e modernização de moinhos incluindo uma nova indústria de moagem de trigo em Iperó (SP). “Trouxemos inovação de tecnologia e injeção de capital para a marca que já é forte. Apesar da crise econômica estamos otimistas com os resultados” – disse Garçez. Para o presidente do SIPCEP, Vilson Felipe Borgmann, o investimento no moinho em Curitiba o credencia a ser uma dos mais importantes do Estado e até mesmo do País. “Existe um trabalho da Belarina em atingir esse objetivo” – resumiu.
BALANÇO DO SETOR – Presente ao evento, o presidente da ABIP, José Batista de Oliveira, avaliou que a aposta da Belarina é correta porque “precisamos olhar para a frente e investir mesmo quando não existem as condições ideais para isso”. Ele também antecipou que em função da crise que assola o País a panificação não vai fechar o ano com números positivos, quebrando o ritmo dos anos mais recentes. “Ainda não temos os números mas já sabemos que o crescimento não vai ultrapassar a inflação. Mesmo assim não podemos ficar olhando pelo retrovisor. É preciso cortar gastos mas também não deixar de investir com assertividade. As vezes, trocar a cor da parede da padaria já estimula o nosso cliente” – recomenda.
Recomendação semelhante tem o diretor executivo da Abip, Giovani Mendonça. Na palestra ele reforçou a necessidade do empresário do setor oferecer novidades como forma de manter o que ele chama de “magia e encantamento da padaria”. “O panificador deve fazer um levantamento a cada 90 dias do seu produto. Aquilo que não vende deve ser descartado e o que tem boa saída deve ser mantido e melhorado” – indicou. Ele também falou sobre as novas tendências para as panificadoras, com ênfase na produção de produtos congelados incluindo o pão francês.