Na foto: Vice-presidente do Sipcep Gilson Trauer Junior com alunos especiais do curso
Ex alunos do Colégio Sesi, com idade entre 20 e 35 anos participaram de um curso de panificação e confeitaria no Senai Paraná. Porém, o curso foi mais que especial, pois os alunos são portadores de síndrome de down e de autismo. Durante as aulas eles aprenderam a fazer pão, doces e alfajores. As aulas foram seguidas de acordo com a Segurança do Trabalho.
O curso iniciou em junho e encerrou no início do mês de dezembro, e foram dias de muita produção e aprendizado. A ideia deste projeto para pessoas especiais partiu dos próprios pais dos alunos, uma vez que o curso já existia no local. No entanto, fizeram uma proposta para a coordenação da área de alimentos do Senai (setor responsável pelos cursos) para que formassem uma turma só para alunos especiais.
Para o professor Luis Fernando que ministrou o curso de alimentos “ofertar o curso de panificação e confeitaria para estes alunos foi muito interessante. Demos a oportunidade de descobrir o talento de cada um, e também de eles desenvolverem seus potenciais. Ocupar o tempo deles com atividades de aprendizagem para se desenvolverem enquanto pessoas também foi importante. Um dos objetivos deste curso foi para que se tornassem autônomos fazendo as preparações para suas famílias e amigos. Os alunos aprenderam várias técnicas da área e isso será muito válido tanto como experiência para a vida deles como na área profissional”, comenta.
Inclusão de pessoas no mercado de trabalho com deficiência
A inclusão de pessoas com deficiência é, ao mesmo tempo, um desafio, uma necessidade e uma grande oportunidade para as empresas. No Brasil a chamada Lei de Cotas (art. 93 da Lei nº 8.213/91) estabelece a obrigatoriedade de que empresas com cem ou mais empregados preencham uma parcela de seus cargos com pessoas com deficiência. A porcentagem varia de acordo com a quantidade geral de funcionários, com o mínimo de 2% e o máximo de 5% (para organizações a partir de mil colaboradores).
As pessoas com deficiência devem contar com o apoio da sociedade para a construção de autonomia. De acordo com o presidente do Sipcep, Vilson Felipe Borgmann, a inciativa é muito importante. “Devemos motivar e incentivar às empresas a encaminhar e contratar as pessoas com deficiência (PCD) e por conta disto, temos que dar oportunidade para que elas se qualifiquem e se especializem profissionalmente para que possam estarem aptas para o mercado de trabalho”, enfatiza.
A coordenadora do setor de Alimentos do Senai Christiany Nery de Oliveira define o curso para pessoas com deficiência como uma mão de obra específica que agrega valores ao mercado de trabalho.
A iniciativa deu tão certo que já existe um projeto para 2019 com objetivo de dar sequência em mais cursos de qualificação para estes alunos iniciantes.