O presidente do SIPCEP e diretor da Fiep, Vilson Felipe Borgmann, foi uma das lideranças convocadas pelo presidente da Fiep, Edson Campagnolo, para duas reunião extraordinárias da diretoria da entidade, ocorridas na noite da última quarta feira (16.03) e manhã de quinta feira (17.03). O objetivo do encontro foi debater os acontecimentos no cenário político brasileiro durante a semana. Apoiado por representantes de várias entidades, a Fiep manifestou repúdio à nomeação do ex-presidente e a favor do impeachment da presidente Dilma Roussef. Na manhã de quinta feira, a reunião teve continuidade, desta vez ainda mais ampliada, com participação de mais de 100 representantes de instituições.
“Estou participando ativamente desse processo de discussão e apoiando a Fiep. Como cidadão, como empresário e como representante do setor de panificação estou convicto que somente a mobilização firme da sociedade vai colocar freio nesse cenário lamentável” – pontuou o presidente do SIPCEP, que estava acompanhado do empresário Jefferson Miara, da panificadora Brioche. Ele lembra que a panificação vem sendo duramente afetada pela recessão mas que a questão não é apenas econômica, mas política. “A economia só vai melhorar se houver mudanças. Acho que agora a crise chegou ao seu ponto máximo” – afirmou.
O encontro terminou com a decisão da Fiep de elaborar um manifesto conjunto em repúdio à nomeação do ex-presidente Lula no ministério da Casa Civil, e o pedido do andamento do processo de impeachment no Congresso Nacional. As entidades se posicionaram ainda em apoio a todas as ações de combate à corrupção em andamento no Brasil e pela defesa irrestrita da manutenção do Estado Democrático de Direito e dos princípios constitucionais.
O manifesto das entidades deve ser publicado nos principais veículos de imprensa do Paraná até este fim de semana. Além disso, elas pretendem formar um grupo de lideranças para ir até Brasília e entregar o documento a todos os parlamentares da bancada paranaense no Congresso Nacional. A realização de outras ações de mobilização também está sendo estudada.
Sobre o pedido de impeachment da presidente Dilma, o presidente Edson Campagnolo explicou que as entidades apóiam o andamento do processo no Congresso Nacional, desde que respeitados todos os aspectos legais e constitucionais. E também defendeu que ela deixe o cargo. “Que a presidente Dilma ou tome a iniciativa de uma demissão voluntária, ou então estaremos apoiando, dentro do Congresso Nacional, sua saída devido a esses últimos acontecimentos”, declarou.