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MUDANÇAS TRIBUTÁRIAS PODEM AFETAR CONSUMO NAS PADARIAS – AFIRMA ESPECIALISTA

A sala de cursos do SIPCEP ficou lotada na tarde da última quinta feira (14.05), por empresários e colaboradores de padarias e confeitarias que assistiram a palestra Mudanças Tributárias no Paraná, ministrada pelo coordenador do departamento econômico da Fiep, Maurilio Schmitt. O evento foi o primeiro no espaço da nova sede do Sindicato no bairro do Ahú em Curitiba.

O presidente da entidade, Vilson Felipe Bogmann, disse que atendeu a um  pedido de empresários do setor, que queriam ter esclarecimentos sobre últimas mudanças na área tributária no Paraná, especialmente em referência ao aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), em vigor desde 1º de abril deste ano e que alterou a alíquota de 12% para 18% para mais de 90 mil itens.

Segundo Schmitt, o setor de panificação não sofreu um impacto direto com a alta tributária, pois não foi alterada a alíquota da farinha de trigo e o pão francês segue como uns dos itens da cesta básica que permanecem isentos no pagamento deste imposto. No entanto, os panificadores não estão livres de sentir as consequências do cenário econômico do estado, que compromete o poder de compra dos consumidores, em decorrência da alteração da alíquota do ICMS.

“Este contexto prejudica a demanda dos produtos de panificação, principalmente os produtos mais sofisticados. Aqueles de consumo corrente do dia a dia não serão tão prejudicados. Pode ocorrer uma leve queda, se eventualmente a economia desacelerar a tal ponto que o nível de desemprego atinja um ponto crítico”, afirmou Schmitt. Durante a palestra, ele enfatizou que somente a elevação de 12% para 18% no ICMS vai significar a retirada de R$ 920 milhões de poder de compra dos consumidores paranaenses.

Para que os industriais conhecessem os motivos que levaram ai surgimento deste cenário, Schimitt apresentou um panorama sobre a situação econômica do Paraná, que forçou o governo estadual a procurar alternativas para aumentar suas receitas para conseguir pagar suas dívidas. O coordenador do departamento econômico da Fiep lembrou que, além do ICMS, as indústrias vêm sofrendo impactos de outros aumentos, como no caso da energia elétrica. “As empresas estão recebendo uma ‘avalanche’ de custos ‘entrando pela janela, sem pedir licença’. Todo este cenário está gerando uma asfixia muito grande nas indústrias”, alertou.

Os industriais presentes no encontro aproveitaram as informações repassadas por Schimitt e tiraram suas dúvidas sobre o tema. Para Guilherme Stoco, proprietário da Padaria Girassol, “a palestra foi instrutiva porque refletiu bem tudo o que estamos vivemos na prática”. De acordo com ele, a situação de sua empresa ainda está “administrável” diante do quadro atual, mas já houve demissões de quatro pessoas, em quatro cargos diferentes, desde o início do ano. Esta medida foi necessária para fazer ajustes internos na empresa, afirmou o empresário.

Ana Felten, gerente da Confeitaria Cecília, disse que já ocorreu uma queda considerável nas vendas, principalmente por conta da diminuição do poder de compra do consumidor. “O produto que tem valor agregado está sendo deixado de lado. O cliente compra pão, mas não compra mais o doce ou o bolo. Nós já demitimos um funcionário do atendimento e mudamos o sistema de compras também. Antes comprávamos mercadoria para um mês, agora compramos para a semana e excluímos alguns itens da confeitaria, principalmente”, comentou. Ela comentou que a palestra foi bastante esclarecedora e elogiou a ação do Sindicato. ´´É importante porque amplia a nossa visão´´ – resumiu.

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