Técnicos alemães de um dos pólos mais importantes de panficiação da Europa vão ministrar cursos profissionais em Curitiba em 2016. A ideia surgiu durante a missão empresarial do SIPCEP a IBA – feira líder de panificação no mundo. O presidente do SIPCEP, Vilson Felipe Borgmann, firmou contatos para viabilizar a parceria e pretende, com o apoio do SENAI, trazer a capacitação para o projeto da Escola de Panificação, também previsto para o ano que vem. Os cursos serão focados em técnicas de congelamento, produção de pão semi-assado e pães especiais.
Além da possibilidade desse intercâmbio, Borgmann avaliou a missão como ”um sucesso”, já que cumpriu todos os objetivos propostos. Outro contato importante foi feito durante uma reunião entre ele e o presidente da IBA, Peter Becker. Como vice presidente da Abip, Borgmann lançou o desafio de levar panificadores brasileiros para concorrer em um concurso temático que acontece durante a feira. ”É um concurso que reúne profissionais do setor do mundo inteiro, mas o Brasil nunca participou. Vamos tentar reverter isso colocando a panificação brasileira na próxima feria, em 2018” – afirmou.
VISITAS TÉCNICAS – O grupo liderado pelo SIPCEP cumpriu uma programação extensa, entre os dias 14 a 18 de setembro/15. Um dos pontos altos foi a visita a uma central de produção, na cidade de Ulm, local que abriga um pólo de panificação com uma estrutura que fornece pães para uma rede de 49 loja, da marca Staib. ”O modelo deles é de padarias pequenas e que só vende pães. Não existe produtos de revenda, apenas de fabricação própria. Percebemos que isso é muito positivo porque aprimora a qualidade e mantém a produtividade alta e eficiente” – considerou Borgamnn.
O grupo que integrou a caravana do SIPCEP também visitou um dos maiores moinhos do mundo, com 160m de altura, além de participar de um curso de fabricação de pretzel. Na cidade de Stuttgart, há 190 Km de Munique, a caravana visitou um centro de capacitação para formação de padeiros, confeiteiros e balconistas. ”Quem trabalha em padaria lá tem que ser um mestre formado em um curso de três anos e mais dois anos de especialização. Isso chamou a nossa atenção porque a exigência da formação é muito maior que a nossa” – disse Borgmann.
Na feira propriamente dita o destaque foram os equipamentos como fornos inteligentes, embalagens, acessórios, matérias primas e máquinas usadas na confeitaria, incluindo a presença de empresas conhecidas no Brasil como a Pratika, Ramalhos e outras. Dados da feira indicam que um público estimado em 70 mil visitantes, de 164 países, participou do evento. Já o número de expositores chegou a 1.225, com apresentação de tecnologia e inovação do que existe de mais atual no mercado internacional.