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SIPCEP COMEMORA SUCESSO DO PRIMEIRO CURSO NO CENTRO DE FORMAÇÃO

Com a entrega de certificados o SIPCEP encerrou, na última sexta feira (03.06), o curso de técnicas de fermentação lenta, ministrado pelo mestre boulanger espanhol Javier Vara. Em clima de entusiasmo, parceiros, alunos e diretores do Sipcep comemoraram o resultado da capacitação, a primeira de uma série prevista para ocorrer este ano no Centro de Formação de Mão de Obra. Adjetivos como “espetacular” e “fantástico” foram usados pelos alunos para expressar o que acharam do treinamento que durou uma semana.

A turma de doze participantes passou por cinco módulos, sendo um teórico e quatro práticos, onde tiveram a oportunidade de conhecer as mais importantes técnicas européias para uma grande variedade dos chamados pães rústicos, com tempo de fermentação maior que no método convencional.

“Hoje estamos colhendo os frutos de uma ideia que surgiu lá atrás com o objetivo de promover uma mudança grande nas nossas padarias. Uma semente foi plantada e sinto que ela vai germinar. Posso dizer que é um sonho foi realizado” – disse o presidente Vilson Felipe Borgmann dirigindo-se aos alunos no encerramento do curso. Para ele, um dos desafios dessa primeira etapa foi despertar o interesse dos donos de padarias que, no entanto, responderam positivamente ao chamado. Ele também ressaltou a importância da parceria com a Fiep e a empresa Belarina (Moinho Guth), esta última representada no encerramento do curso pelo supervisor de vendas Márcio Pinheiro.

O sucesso do curso pode ser medido pela avaliação dos participantes. “Adorei o curso, realmente fiquei encantada. A princípio a gente pensa que não vai conseguir fazer aquilo tudo mas depois você percebe que sim, é possível. Não temos a mesma variedade, nem nossos padeiros são tão preparados, mas acho que esse é um começo para levar para nossas padarias técnicas e receitas novas” – opinou Alessandra Antunes Meliciano, da Panificadora Jocasta.

Esta é também a opinião de Antonio Gilson Kwiatskowski, sócio proprietário da panificadora Cecília. “Nós já fazemos alguma coisa de pão rústico, como o pão italiano, mas não com essa qualidade na receita. Achei o curso excelente, um espetáculo, e pretendo usar tudo o que aprendi na padaria. O consumidor ainda é um pouco arredio a coisas novas mas quando ele prova gosta, então é nosso papel oferecer” – considerou.

Embora atue na área administrativa da panificadora Família Farinha, Pedro Farinha fez questão de participar da capacitação. “Deu para clarear alguns conceitos que a gente já conhecia da literatura como as diferenças do trigo, do fermento e das proporções. Isso foi muito bom porque o que antes era apenas conhecimento teórico aprendemos aqui como aplicar na prática” – destacou Pedro. “Nós já fazemos pães rústicos na padaria mas o mais legal é que um curso como este eleva o nível de todo mundo para corrigir os erros e desenvolver coisas novas” – concluiu.

 Atuando como instrutor auxiliar o chef de cozinha e técnico em panificação, Jose Fernandes, entusiasmou-se com a didática do mestre Javier Vara. “Ele trouxe técnicas como a massa madre poolish, que ainda são pouco aproveitadas por nós aqui. Agregou bastante conhecimento e os alunos tiveram ótimo rendimento. Alguns até arriscaram fazer os pães do curso na padaria e trazer para o chef avaliar”. O resultado do curso também entusiasmou Javier Vara. “A região Sul já é privilegiada em matéria prima e basta a capacitação para que se faça mudanças importantes na forma de fazer o pão. O conhecimento é o começo de tudo” – disse Javier, que fez questão de incluir receita de pão de pinhão para valorizar a cultura local.

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