O  1º Workshop promovido pela  Emulzint, realizado em parceria com o SIPCEP  dia 21 de maio/15, no auditório da Fiep, mobilizou um número expressivo de panificadores  de Curitiba e região, atraídos pelo tema  ‘’Como agregar valor ao seu negócio’’. O evento foi aberto pelo presidente do Sindicato, Vilson Felipe Borgmann, que destacou a necessidade do aprendizado constante: ‘’Por mais experiência que a gente tem, ninguém sabe tudo. Esse encontro é uma oportunidade de nos atualizar. E esta parceria é cooperativismo e união de um setor’’ – ressaltou.

A Emulzint – multinacional com sede na Holanda e presente em 60 países –  trouxe à Curitiba dois especialistas que trataram de temas relacionados a novos modelos de negócios e tendências para o setor. A primeira palestra, do gerente de serviços, Augusto Bull, destacou a necessidade de um ambiente que seja agradável para estimular o  consumidor a permanecer mais tempo na loja e consumir mais. ´´As pessoas hoje não querem só comer um docinho, uma torta e tomar um café. Elas querem estar sentadas em uma cadeira confortável, olhar em volta e ver que a loja está bem cuidada, sem trinca na parede ou lâmpada queimada. O ambiente deve passar ideia de cuidado e inovação constante’’ – exemplifica.

A dica dada por Bull é que ‘’o panificador  se coloque na posição de consumidor e veja como ele gostaria de se sentir naquele ambiente’’. Ele também chamou atenção para a importância de um produto bem acabado visualmente, muito gostoso para estimular a segunda e terceira compra, e a inovação. ‘’Por exemplo, agora que estamos no inverno, que tal ir além do buffet de sopas tradicional, com  pratos especiais para cada dia da semana? Sopa italiana com pão italiano, sopa francesa com pães franceses etc? Isso é atrair o cliente com novidades. O cliente hoje busca produtos mas ele também quer sensações’’ – apontou.

O especialista  também deu dicas para driblar o gargalo da falta de mão de obra. ‘’Tem que buscar produtos pré-elaborados, que diminui o tempo de pesagem e permite que seja feito um estoque. Isso vai reduzir a necessidade de pessoal no fim de semana, por exemplo, e atrair mais a mão de obra’’ – indicou. Essa estratégia, segundo ele, não impede que a loja tenha um bom panificador ou confeiteiro, para finalizar o produto. ‘’Mas esse profissional teria funcionários apenas para ajudá-lo nas bases, o que facilita o processo’’.

A segunda palestrante, a consultora Carolina Galdeano, que falou do tema ‘’Os desafios da panificação diante de novos hábitos de consumo’’, reforçou a necessidade de inovação para vencer uma concorrência cada vez mais acirrada. ‘’O panificador compete hoje com o food truck, com aquela lojinha que tem 30 metros quadrados e só faz bolo, e mini salgadinho que são vendidos no copo, por 2 reais. Isso tudo reduz a cesta de compras na padaria. Para driblar isso é preciso oferecer um ambiente agradável, diferenciado, com atendimento de primeira qualidade e produto inigualável. Quando o cliente pensar em comer uma coxinha, vai pensar naquela padaria e não no produto mais barato’’ – exemplifica. Para ela, inovar também passa por se manter tecnologicamente atualizado, de modo que o consumidor tenha acesso rápido, nas mídias disponíveis, a informações sobre  produtos e serviços da padaria.

Presente ao evento, a empresária Regina Cazella, da Confeitaria Requinte, disse que o que a atraiu para participar do evento foi justamente o tema. Dona de uma das maiores padarias de Curitiba, ela acredita que investir no treinamento da equipe deve ser uma constante,   porque isso vai adaptar o profissional ao seu perfil de negócio. ‘’Não é bom pensar que ele pode não permanecer. Ele precisa ser bem treinado porque o cliente pode não voltar nunca mais porque não teve uma informação correta sobre um produto. Acho que o segredo do sucesso é manter a qualidade do produto e uma equipe comprometida e motivada’’ – enfatizou.